• Pessoas caminham e veículos circulam por uma estrada destruída, passando por edifícios desabados no oeste de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: BASHAR TALEB/AFP)

     Nesta quarta-feira (12), uma delegação do Hamas chegou ao Cairo, onde também já se encontra os representantes israelenses, o que pode indicar que as negociações sejam retomadas. Os mediadores também atuam intensamente para que o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza ainda possa ser cumprido com a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos no próximo sábado.

     
    Mas, a manutenção do cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece frágil, uma vez que os dois lados do conflito ameaçam romper a trégua. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou ontem que pode violar os termos do acordo e retomar os ataques em Gaza se não forem libertados os reféns até ao meio-dia de sábado. “Se o Hamas não devolver os nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo termina e as Forças de Defesa de Israel vão retomar a luta intensa até que o Hamas seja finalmente derrotado”, declarou.
     
    Mas, o premiê não especificou se o ultimato se referia efetivamente a todas as pessoas ainda em cativeiro ou aos três que está acordado de serem libertados. Netanyahu já ordenou também que as Forças de Defesa de Israel se mobilizem para Gaza e territórios circundantes.
     
     
     
    Em resposta, o grupo palestino disse que Netanyahu deve honrar e implementar palavra por palavra do acordo. “Isto garantirá que tudo avance suavemente e sem atrasos, e levará à libertação de prisioneiros de ambos os lados", afirmou Mahmud Mardawi, membro do gabinete político do Hamas.
     
     O grupo o governo de Tel Aviv de ser responsável por quaisquer complicações ou atrasos. Após o ultimato do primeiro-ministro, o Hamas denunciou mais uma vez Israel de colocar o acordo em risco.  Mardawi destacou que a entrada de ajuda humanitária durante a trégua no território, iniciada em 19 de janeiro, foi limitada em comparação com a acordada, apontando que apenas 8.500 dos 12 mil caminhões planejados  entraram em Gaza e, que apenas ingressaram no enclave 15 caminhões de combustível por dia, em vez de 50, conforme o estipulado.
     
     
    A acusação foi negada pelo COGAT, que trata de assuntos civis do exército israelenses nos territórios palestinos ocupados.
     
    Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou o ultimato de Netanyahu e prometeu um "inferno" para Gaza se as pessoas em cativeiro não fossem libertadas
     
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