•  (Foto: Larissa Aguiar/DP)

    Um grupo de servidores da rede estadual de ensino realizou um protesto em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, na manhã desta quarta (19). A categoria reivindicou convocações de profissionais que estão em cadastro reserva e outras coisas dentro da esfera educacional do Estado.
     
    Professores e administradores se uniram, segundo a organização do ato, em prol também da situação de desvio de funções alegadas pelo grupo, além da ausência de profissionais adequados para funções específicas na composição da equipe pedagógica das escolas estaduais.
     
    “A gente tem inúmeros problemas na rede, a ausência de servidores efetivos e um cadastro de reserva que está aguardando ser chamado”, disse Marília Sibelis, professora da rede estadual de ensino e diretora de Operações Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), que conversou com o Diario sobre o ato. 
    “Convocamos uma comissão de concursados que estão aguardando ainda a convocação do Cadastro de Reserva, e organizamos esse ato hoje junto com eles, porque ainda temos um cadastro de 1.777 professores na rede aguardando convocação e ainda temos mais de 10 mil servidores contratados”, apontou.
     
     
    “Outro problema hoje tem sido também o desvio de função. Às vezes o Estado convoca um professor de português que em vez de estar dando aula de português, está dando aula de outras disciplinas. Assim como professores de História e Geografia que estão dando aula de Filosofia e Sociologia, mas a gente tem um cadastro de reserva para isso, e professores de arte que acabam não sendo convocados porque todas as outras disciplinas podem dar essa matéria, menos o professor que tem a formação”, continuou.
     
     
    As reivindicações se estendem também para os profissionais administrativos e analistas. Ainda segundo a diretora, já foram apresentadas essas pautas para o Governo.
     
    “Faltam professores em sala de aula ainda. Com relação aos analistas e administrativos, perfis muito fragilizados na rede, teve uma convocação de mais de mil analistas, e 500 e poucos administrativos, mas não supre a necessidade, porque hoje o trabalho administrativo, ele vem sendo feito, ou por professores que estão em desvio de função que acabam virando secretários, ou por servidores secretários. A gente não tem efetivos administrativos para todas as escolas”, complementou.
     
     
    “A gente já entregou uma pauta salarial educacional, essas demandas estão na pauta, é uma pauta que tem mais de 30 itens, a gente já entregou, a gente já vem pedindo reuniões, mas o governo não sinalizou e aí como a rede começou a funcionar desde a semana passada, desde o início do ano, desde o dia 5 de fevereiro os estudantes voltaram, então a gente não está vendo a movimentação do governo para fazer essa convocação”, finalizou.
     
    O que diz o Governo
     
    Procurado pelo Diario, o Governo de Pernambuco informou que irá se pronunciar por meio de nota.
     
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