O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) determinou que a Empresa Pedrosa Ltda. e o Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife Ltda. paguem uma indenização de R$ 2 milhões a Lucas Lyra, torcedor do Náutico que foi baleado em 16 de fevereiro de 2013, em frente aos Aflitos, antes de um jogo do Timbu diante do Central, pelo Campeonato Pernambucano. O atirador, José Carlos Feitosa Barreto, era à época segurança da Pedrosa. A decisão ainda cabe recurso.
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No processo, julgado pela 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, o juiz José André Machado Barbosa Pinto citou que os advogados de Lucas Lyra ressaltaram que "o dano foi perpetrado pela empresa concessionária através de um dos seus funcionários, denotando a relação do funcionário com a prestação do serviço público, evidenciando que o Ministério Público havia denunciado até os dirigentes da Empresa Pedrosa na ação penal, e que o Consórcio, empresa pública concedente, foi conivente à concessionária de transporte público de passageiros, tendo em vista que sua função englobaria também fiscalizar as concessionárias do serviço público de transporte, quedando-se inerte no caso em tela, ao permitir que a concessionária se valesse de segurança privada nos dias de jogos, colocando em risco a integridade física da população usuária de transportes coletivos na capital e Região Metropolitana do Recife (RMR)".
Lucas passou três anos internado, recebendo alta apenas em 2016. No ano seguinte, teve uma piora e precisou passar dois meses na UTI do Real Hospital Português, sendo novamente liberado e seguindo com o tratamento em casa. Recentemente, a família do torcedor organizou uma rifa para arrecadar dinheiro com o intuito de comprar uma cama nova.
Atirador
Em setembro de 2018, José Carlos Feitosa Barreto foi condenado a oito anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado, em júri popular, no Fórum Rodolfo Aureliano. A defesa do réu, porém, entrou com um recurso e, desde então, o ex-segurança segue em liberdade.