Nivaldo foi morto por um paciente, nesta sexta (26), no HR, na área Central do Recife  (Foto: Reprodução/Redes Sociais )
Com apoio de Marina Torres/DP 
 
O vigilante assassinado por um paciente no Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área Central do Recife, atuava no último plantão da carreira, antes de se aposentar. 
 
Faltava poucas horas para que Nivaldo Bezerra da Silva, de 66 anos, encerrasse a sua jornada como vigilante.
 
Na troca de plantão, o profissional iria se despedir dos colegas de farda e iniciar os processos de aposentadoria.
 
No entanto, ele foi morto a tiros por um paciente que estava internado na unidade hospitalar, a  amior do estado, no Derby, na área central do Recife.
 
As informações foram confirmadas pelo diretor do HR, Petrus Andrade, em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta sexta-feira (26). 
 
 
Foi o primeiro pronunciamento da direção da unidade de saúde após o ocorrido. 
 
Informações preliminares dão conta de que um paciente roubou  a arma de uma vigilante e matou Nivaldo. 
 
Depois, esse homem tentou fugir e acabou sendo baleado e morto por colegas servidores de segurança do HR. 
 
Relatos iniciais apontam que tudo aconteceu por volta das 4h30.
 
O paciente é do município de Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado, e deu entrada na unidade após se queixar de fortes dores na coluna. Ele estava na sala vermelha do hospital, o maior do estado. 
 
O vigilante morto teria tentado recuperar a arma da colega, que foi levada pelo paciente. 
 
 
“Nesse momento o que podemos falar é que o fato ocorreu perto das 5h, no momento da troca de turno dos vigilantes no posto de vigilância, quando um paciente que já estava internado agrediu uma vigilante e tomou a sua arma. A PM foi acionada e durante a tentativa de fuga, o paciente também foi ferido. Tanto o vigilante, quanto o paciente, foram atendidos aqui mesmo no HR, mas, infelizmente, os dois foram a óbito. O vigilante foi alvejado dentro do hospital, durante a troca de turno. A partir de agora o que podemos dizer é que apesar da consternação de toda a equipe do hospital, a unidade está funcionando normalmente e não houve nenhum evento a mais relacionado a este caso”, declarou o diretor do HR, Petrus Andrade. 
Ainda segundo ele, a família de Nivaldo já foi comunicada e esteve presente no HR para acompanhar os procedimentos legais. 
 
“Ele (Nivaldo) não estaria aposentado e estava justamente no processo para isso. Hoje seria o último plantão dele. O fato aconteceu na troca da guarda, no momento da troca das armas, quando houve a tomada por parte do paciente”, esclareceu o gestor do HR. 
 
Petrus ainda foi questionado se o paciente tentou coagir o motorista de uma ambulância para tentar fugir da unidade. 
Ele disse que: “Há esse relato, mas ainda estamos apurando. Ele estava dentro da emergência geral, na unidade de trauma. Foi um evento policial que aconteceu dentro da unidade de saúde. Até então não tínhamos a informação de que o paciente teve alteração de comportamento. Tudo isso será investigado pela e avaliado pela autoridade competente”. 
 
Além de Nivaldo, um terceiro profissional de segurança teria sido baleado, mas não se feriu por causa do colete balístico.  
 
Segundo Mauro Barbosa, representante do Sindicato dos Vigilantes do Estado, ainda não há como confirmar se houve falhas na segurança que resultaram na troca de tiros dentro da unidade hospitalar. 
 
“Isso aí não podemos informar porque vamos ter que ver a imagem e ver a perícia da polícia. No momento não podemos dar essas informações, já que estão sendo investigadas. Nosso jurídico já está no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para avaliar as informações”, declarou o dirigente sindical. 
Ele foi questionado se o tiro disparado contra Nivaldo teria  o colete à prova de bala. 
 
“Isso só poderá ser afirmado após perícia lá no sindicato”, esclareceu o dirigente. 
 
Sobre o paciente 
 
O paciente, não identificado, ainda correu, mas foi baleado, na escada por trás da unidade, quando tentava entrar em uma ambulância. Ele não resistiu aos ferimentos. 
 
Quatro armas foram apreendidas no HR e levadas para o DHPP, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.  
 
Ao menos três vigilantes envolvidos no caso também foram para a unidade policial para prestar depoimento. 
 
O que diz a polícia
 
A reportagem do Diario de Pernambuco procurou a Polícia Civil que por meio de nota disse que: "A Polícia Civil de Pernambuco informa que está investigando um caso ocorrido em uma unidade hospitalar no bairro do Derby. A equipe encontra-se em diligências no momento. Mais informações serão repassadas em momento oportuno". 
 
leia mais em,https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2024/04/vigilante-morto-por-paciente-no-hospital-da-restauracao-estava-no-ult.html